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O papel dos negócios sociais no apoio ao empoderamento feminino no Brasil
Nos últimos anos, os princípios e o conceito de empreendedorismo social ganharam cada vez mais aceitação no Brasil, apesar da complexidade das leis e regras sobre trabalho no país. Todas as evidências apontam, porém, para uma discriminação constante contra as mulheres neste setor. O excelente mapeamento feito pela Pipe Social mostra relutância contínua de investidores e bancos no Brasil em emprestar dinheiro para mulheres empreendedoras, mesmo quando é evidente a superioridade de seus planos de negócios e capacidade de empreendedorismo das pessoas envolvidas. Muitas empreendedoras sociais administram seus negócios sem acesso ao capital, e muitas contam somente com apoio dos 3 F’s (em inglês “family, friends and fools” – famílias, amigos e tolos). Nossa pesquisa partiu de uma inciativa global para entender melhor o ecossistema do empreendedorismo social e sua correlação com o empoderamento de mulheres em cinco países diferentes. No Brasil, o relatório escrito por Mark Richardson e Anette Kaminski sinaliza que a maioria das mulheres que dirigem suas próprias empresas acredita que as barreiras para um crescimento efetivo de seus negócios são a falta de compartilhamento de conhecimento e o acesso equitativo às oportunidades de financiamento e a uma ampla rede de contatos. O British Council está empenhado em compartilhar o conhecimento e a experiência do Reino Unido sobre como o empreendedorismo social funciona para comunidades mais desfavorecidas, e também em aprender com a experiência do Brasil em ações que empoderam e encorajam mulheres a ter a confiança para se tornarem empreendedoras sociais de sucesso. Espero que esta publicação estimule novos debates e o aumento de conhecimento sobre o potencial que este setor tem de melhorar as vidas e as perspectivas de emprego das mulheres e, através delas, da sociedade de forma mais ampla.
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